Saturday, September 26, 2009

Centelhas de lucidez


Oh sacra ignorância
Deixe-me
Saudosa, em canto
Dolente por tanto encanto
Escapa-me

Lépido ar refestelado
Aninhado à cômoda inércia
De todo em separado
Ante as convulsões de minha solércia

Procuro com ânsia por toda parte
Pardelhas com santa boa-vontade
Por onde andas, mundo, que já é tarde
Da minha pessoa, ser, alguma parte?

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Wednesday, September 9, 2009

Medo!


Renasce angústia, ansiedade, solitude, incompreensão...
Oh, Senhor! Onde eis de estar minha razão?
Ou seria desrazão? ... aflição, sem dúvida!
Fumo? Tomo rivotril? Ah!
Qual seria a menos pior opção?
Quem terá a solução? Muita mágoa no coração.
Paralizante má água escorrendo pelo rio de lágrimas
Inexistentes em meu olho físico,
Ardentes na visão do espírito!

Wednesday, September 2, 2009

Pena


A correria de meu sangue nos membros
Atropela-me o pensamento

No limbo espero por entre mil acentos
Pela minha sentença no firmamento

Ácida, áspera, plácida
Desconcertante acrania processante

Indaga-me pelo eixo,
Forte seguro a pilotar

Dou-lhe um beijo
E a deixo me massacrar

Tuesday, September 1, 2009

Sombrinhas de Sol





Palavras faltam-me
Palavras machucam-me
Palavras punem-me
Palavras resgatam-me

Onde estou?
Que sou?
Por onde andei?
O que sei?

Falhas, atos, lembranças
Mosaico de loucas andanças
O que será "balanças"?

Falas, "sapos", reveses
Rodadas cem vezes
O que me acorda às vezes?