Thursday, August 6, 2009
Noite de Insônia Simultânea
Quando percorri os labirintos noturnos dos meus sonhos
Percebo meu olhar escancarado e a perda do brio de minha tez
Renascendo de manhã, sem pesar, sem pesares...
Ajunto os grãos, faço um café forte
Que aliviam meus órgãos perdidos nas garras do Hades.
Em vigílias insustentáveis, ando de noites a luares
Enfureço ao ver que não o esqueço, charmoso, carinhoso; desmonto
Minha farça de mentir que ele nada vale; tanto salvou desolados e oprimidos
Admito, por fim: sim, ele salvou a mim, fez-me vigorosa e confiante
Vou lá, ensaio um toque à porta, esqueço o orgulho
Vulnerável, quase chorando,
Chamando-o de volta à minha felicidade
De amar, sonhar, viver.
Wednesday, August 5, 2009
Incerto caminho
Louvando a dádiva de receber à inconsciência
Energia, dons pra ser o Sol, a lua, o vento, a luz
Na ilógica coerência que no alento me seduz
Por ser única e original sua doce imanência
Espera o Sol em mim aquecer o abstrato
Inquieta a lua em mim a esconder seu tato
Desordena em mim o vento a deixar-me inerte
Inebriando a luz em mim a orar: desperte!
Se tão pouco há de formosura
Se tão pouco há de abastança
Sobra meu ser em alva ternura
Sabe o mistério que leva uma dança
O tempo passa e sempre me diz
A vida é a graça de aprender, tecer
A malha dos haveres e ser feliz
Amando a sempre e mais a tez
Do ser que um dia se desprende
Do medo e liberta o coração
Dá a mão e, então , surpreende
De tão inefável , ardente paixão
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