Wednesday, August 5, 2009
Incerto caminho
Louvando a dádiva de receber à inconsciência
Energia, dons pra ser o Sol, a lua, o vento, a luz
Na ilógica coerência que no alento me seduz
Por ser única e original sua doce imanência
Espera o Sol em mim aquecer o abstrato
Inquieta a lua em mim a esconder seu tato
Desordena em mim o vento a deixar-me inerte
Inebriando a luz em mim a orar: desperte!
Se tão pouco há de formosura
Se tão pouco há de abastança
Sobra meu ser em alva ternura
Sabe o mistério que leva uma dança
O tempo passa e sempre me diz
A vida é a graça de aprender, tecer
A malha dos haveres e ser feliz
Amando a sempre e mais a tez
Do ser que um dia se desprende
Do medo e liberta o coração
Dá a mão e, então , surpreende
De tão inefável , ardente paixão
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