Monday, October 19, 2009

Válvula de escape


Figura cristalina do olhar
Focaliza cantos e ações
Dilata, repentina, a retina
Frente a arte e suas produções

Desenha, sem saber, até um Deus
Invade privacidade das maiores sensibilidades
No entanto, todo enfoque tem em tento
Não ferir ou perfurar o fimamento

Cria-se cores, sabores onde não há
Rancores, desamores que instigam
Viajar na fantasia e enrolar
Esculpindo com gozo e peleja o angustiar

» pressão que dói e quer ser exaurida → impossibilidade → escape → poema

Thursday, October 15, 2009

Infância tanta


Uma época dum mundo gigante
Uma época dum mundo distante


Um caminho de vivências tantas
Carregadas de afetos e mantas

Naquele mundo cabiam os desejos
Que hoje extravasam os poros
Ampliaram-se os ensejos

Contudo no coração eu choro
Ainda como antes e tanto
Esperando o conforto de teu manto